domingo, 9 de novembro de 2008

A Teoria da Desestabilização Geológica

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Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC – sigla em inglês), ganhador do premio Nobel da Paz em 2007 o nível dos mares deveria subir uns quarenta centímetros ao longo deste século. Agora, com os dados do verão de 2008, já há cientistas que declaram que em não mais de cinco anos o Ártico pode derreter-se completamente durante o verão no hemisfério norte, coisa que segundo o mesmo IPCC de 2007 não deveria acontecer antes de pelo menos cinquenta anos. Creiam-me, as afirmações destes cientistas ainda são muito cautelosas, este ano durante o verão, já se pode cruzar o Ártico em barco. Este não é um problema para as gerações futuras, nem tampouco um problema exclusivo das populações dos países-ilha que são os únicos que estão lutando desesperadamente para que se faça algo a respeito, como se fossem os únicos tocados. É a elevação dos níveis dos oceanos que desestabiliza a estrutura tectônica do planeta e dá inicio a uma glaciação.
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A Teoria da Desestabilização Geológica (ou suposição da desestabilização geológica) explica os mecanismos e ocorrências envolvidos na deflagração das muitas eras glaciais que o nosso planeta já viveu, assim como demonstra o perto que estamos da próxima dessas fases e suas consequências para a humanidade. O processo que introduz o planeta em uma era glacial é altamente convulsivo e pode iniciar-se a qualquer momento, já que todas as condições que antecedem uma glaciação estão já configuradas. Totalmente irreversível desde o momento de sua deflagração, é algo em tais proporções que sem dúvida explica a repentina extinção de muitas espécies no passado; extremamente destrutivo e de duração imprevisível, lança a Terra na fase final, a chamada era glacial propriamente dita, por não menos que os próximos dez mil anos.
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A Terra está a ponto de viver outra destas etapas e neste aspecto, não existem discordâncias, todas as evidências nos permitem sabê-lo. Cabe agora, ainda que tardiamente, que nos ocupemos de explicar com propriedade como se deflagra e em que prazo realmente ocorrerá. O que se aceita até agora, é que o comportamento geológico do planeta deveria seguir estável, assim como estamos acostumados, mas as evidencias que vou expor, infelizmente apontam para outra realidade. Quero entretanto ressaltar, que se não estivesse totalmente convencido de que ainda há muito que se pode fazer para reverter este processo, não me tomaria a tarefa de divulgar esta teoria. Mesmo sem ter qualquer garantia de êxito, estou seguro de que muito ainda se pode fazer. Se cresse que já nada pudesse ser feito, preferiria esperar e morrer junto com todos, desfrutando apenas do que me resta desta maravilhosa existência, sem mais.
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AS FALHAS NAS TEORIAS ACEITAS ATUALMENTE
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Na verdade não se sabe quase nada sobre o processo de deflagração das glaciações, não há um só trabalho científico que demonstre cabalmente como ocorre. Tudo que sabemos é que todas as condições que caracterizaram a fase precursora das cinco últimas glaciações estão já configuradas nesta época em que estamos vivendo. No que diz respeito ao que se aceita atualmente, existem várias hipóteses, mas ninguém se atreve a relacionar fatos conhecidos, que se repetiram em todas as glaciações com estas. O resultado é a mais completa ignorância sobre o assunto, ninguém até agora havia apresentado uma teoria coerente e consistente e assim, o tema que é o mais importante e urgente para a sobrevivência da humanidade permanece na mais profunda escuridão.
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Enquanto uns tentam explica-las como consequência do impacto de um meteorito, outros preconizam uma erupção massiva de vulcões. Recentemente Hollywood dirigiu a atenção do público ressuscitando uma das mais inverossímeis teorias a respeito, que tenta explicar as glaciações como consequência de alterações nas correntes Termohalinas e, por mais incrível que possa parecer, a maioria dos que opinam sobre o assunto acatam a idéia de que as glaciações acontecem devido ao Ciclo de Milankovitch. Em 1938 Milankovitch concluiu sobre possíveis variações na órbita terrestre, isto os leva a supor que as glaciações ocorrem ciclicamente há milhões de anos na Terra. Parece que ninguém quer pensar no assunto, aceitam estas bobagens sem sequer considerar que somente existem registros seguros de dezessete glaciações no nosso planeta e que somente existiu uma periodicidade mais ou menos constante entre três das cinco últimas. Desde a primeira, no período Pré-Câmbrico com uma duração provável de mais de um bilhão de anos, até a última, que terminou há onze mil anos, não temos nenhuma evidencia que pudesse guiar os estudos sérios nesta direção.
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Mas a verdade é que ninguém fala abertamente sobre o assunto, ou o estuda com seriedade e quando o faz, utilizam os recursos milionários das suas ricas instituições, abastecendo seus supercomputadores com dados equivocados partindo de suposições distantes da realidade e claro, obtendo resultados estapafúrdios. A cada dia mais bobagens se pode ler nas mais renomadas revistas científicas sobre o assunto. Como a recente pesquisa liderada por Thomas Crowley da Universidade de Edimburgo, Escócia, publicada na revista Nature. Sua equipe chega à conclusão de que a atual emissão de CO² vai atrasar ou até mesmo eliminar a possibilidade de que a mega-glaciação que prevêem possa ocorrer um dia. Se assim fosse, não haveria ocorrido nunca uma glaciação na Terra, pois uma das poucas coisas certas que sabemos sobre as glaciações é que todas foram precedidas por um período de grande concentração de CO² na atmosfera como o que temos agora. Isto para citar apenas um dos absurdos que se pode encontrar na teoria lançada por esta tão séria instituição. Os próprios membros da equipe não conseguem disfarçar o seu constrangimento e incredulidade com as constatações que eles mesmos obtiveram.
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As glaciações são eventos atmosféricos, ocorrem na biosfera do nosso planeta. Claro que a Terra está sujeita a todo tipo de interferências vindas do espaço, meteoritos, explosões solares, possíveis variações na sua órbita, mas é na geografia do nosso planeta que estão gravadas todas as informações que nos permitem concluir que estes eventos não estão necessariamente relacionados com estas. Toda esta confusão só acontece, quando covardemente, aqueles que teriam a obrigação de explicá-las, se negam a aceitar as evidencias, preferindo deixar que astrônomos que sabem muito sobre buracos negros e galáxias, opinem sobre um assunto o qual seus telescópios nunca observaram. As discrepâncias são tão absurdas que a maioria das besteiras que se escuta sobre o assunto, fala sobre capas de gelo sobre os continentes, quando todos os glaciares remanescentes são formados exclusivamente por neve. As glaciações são caracterizadas por gigantescas capas de neve sobre os continentes, e não poderia ser diferente, a água em sua forma líquida, não poderia subir sozinha aos altiplanos e montanhas para depois congelar-se. Para que a água possa ser transferida dos oceanos para a terra firme é imprescindível que evapore para depois se precipitar em forma de neve.
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Descartando desde já as mirabolantes explicações intergalácticas, buscando-as de forma simples e objetiva na geologia e na climatologia do nosso planeta passemos a explicar com todo detalhe, passo a passo, como ocorrem as glaciações e quais são os fatores envolvidos. Ainda que o impacto de um meteorito possa desencadear todo o processo como já aconteceu antes, estão muito mais perto da realidade os que preconizam os vulcões, pois os impactos não são essenciais. Podem desencadear uma erupção global é verdade, mas existe pelo menos outro fator detonante e este sim, seria o responsável pela deflagração de muito mais glaciações do que as que podemos relacionar com os impactos. De todos os modos, pretendo que fique claro que sem exceção, com ou sem o impacto de meteoritos, todas as glaciações são formadas pela erupção generalizada de todos os vulcões do planeta.
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O primeiro em que temos que nos fixar para evitar erros, é no fato de que as glaciações não se caracterizam pelo simples congelamento dos mares por causa de baixas temperaturas na atmosfera, nem tampouco pela formação de gelo sobre os continentes, mas pelo acumulo de enormes quantidades de neve. Todas as teorias aceitas atualmente são simplesmente insustentáveis, pois as duas situações, água congelada nos mares e evaporação para que tenhamos precipitações seriam impossíveis simultaneamente. Água congelada não evapora, e é este o absurdo que se aceita nas diversas linhas de pensamento atuais.
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Se por qualquer motivo, seja pela poeira levantada pelo impacto de um meteorito ou pelas cinzas dos muitos vulcões da Terra, o céu se tornar encoberto a ponto de impedir a entrada da luz do Sol pelo tempo suficiente, o primeiro que aconteceria seria o descenso da temperatura e consequentemente o congelamento de todas as reservas de água do planeta no mesmo nível em que se encontrem, o mesmo aconteceria se fatores interplanetários, como o suposto afastamento da Terra do Sol, ou com qualquer outro motivo que causasse o resfriamento da atmosfera do planeta. De onde viria a água para formar a camada de três quilômetros e meio de espessura de gelo que Crowley quer colocar sobre a América do Norte, Europa e Ásia na próxima glaciação? Sob estas condições jamais poderíamos ter a evaporação necessária para que tenhamos precipitações, nas quantidades que caracterizam uma glaciação. Jamais houve uma glaciação formada por gelo! Qualquer explicação sobre a formação das glaciações deve contemplar o fato de que são necessárias ao mesmo tempo, baixas temperaturas na atmosfera, para que as precipitações sejam em forma de neve e a evaporação maciça de água, o que remete necessariamente a altas temperaturas nos oceanos.
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OS FATORES ESCONDIDOS
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Não cabe dúvida de que as glaciações são causadas pela erupção generalizada de todos os vulcões da Terra. Para que se possa ter esta certeza, basta observar com atenção a formação geológica do nosso planeta, os vulcões são numerosíssimos. Não apenas são vulcões ativos os que estão visíveis em vários pontos do planeta, e que uma e outra vez nos brindam com seu espetáculo de poder e destruição. Todo o perigo visível de todos os vulcões ativos da superfície, não são mais que uma mínima parte do incrível arsenal destrutivo da estrutura vulcânica da Terra. Na verdade, a grande maioria dos vulcões ativos está no meio dos oceanos, alguns como ilhas, mas a quase totalidade, submersos. É exatamente para estes vulcões que devemos dirigir nossa atenção, pois fazem parte da maior formação geológica do planeta. São mais de 60.000 km de uma vasta e continua cordilheira de vulcões que da a volta ao planeta cruzando-o várias vezes de norte a sul e de leste a oeste, como a costura de uma bola de basebol.
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Um exemplo impressionante de parte desta estrutura é a Dorsal Atlântica situada no meio do oceano que lhe dá o nome. Disposta nas divisas de quatro grandes placas tectônicas, a saber, a Norte-Americana e a Sul-Americana pelo oeste e a Euro-asiática e Africana pelo leste, além de outras menores, se desenvolve ao largo de 15.000 km de norte a sul e chega a ter mais de 1.500 km de largura de leste a oeste. Não são simples montanhas, todos os picos desta cadeia são vulcões e em sua quase total maioria, ativos. Quanto mais perto das divisas das placas, maiores são as atividades sísmicas e vulcânicas.
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O arquipélago dos Açores é um bom exemplo visível desta cadeia de vulcões, são nove ilhas dispostas na confluência de três das placas atlânticas; cada uma delas é um edifício vulcânico independente que emerge desde profundidades de cerca de 3.500 m. A idade geológica das ilhas é maior na medida da sua distancia da divisa das placas, isso demonstra que a cada glaciação, graças ao processo de sua deflagração como vou expor, nascem novos vulcões e os que já existem se agigantam. As atividades vulcânicas e sísmicas a que estamos acostumados durante o curto período de tempo em que temos registros nesta civilização, são apenas atividades residuais desde a deflagração da ultima glaciação. Estes sinistros maciços vulcânicos submersos são os protagonistas das glaciações.
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A última glaciação iniciou-se com um processo convulsivo. Basta recordar que terminou faz agora cerca de 11.000 anos e a ultima erupção importante na maioria dos vulcões das ilhas incluídas entre as Macronésias (ou Macaronésias), terminou há 18.000 anos. No mesmo período, há múltiplas indicações de uma atividade sísmica e vulcânica atipicamente intensas; data da mesma época, por exemplo, um acentuado incremento na superfície de diversas destas ilhas. Porto Santo nos Açores, por exemplo, tem hoje 690 km² de superfície e antes da gigantesca erupção que terminou a 18.000 anos, apenas 300 km². As praias elevadas no mesmo arquipélago, algumas a mais de 70 metros sobre o nível das praias atuais, são outra demonstração das incríveis mudanças geológicas por que passou o nosso planeta neste mesmo período, assim como as mudanças de altitude dos ecossistemas de zonas e na cota de neve perpétua nas Canhadas do Teide em Tenerife. Se a simples acomodação de camadas geológicas nas profundidades das placas pode provocar terremotos com grande poder de destruição, fica realmente difícil imaginar as consequências de movimentos entre as placas que podem superar os setenta metros.
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No Mediterrâneo, nas costas da Córsega, Sicília e Grécia, onde as montanhas emergem das profundidades, se pode notar em vários pontos os desmoronamentos recentes de parte destas montanhas evidenciados pela diferença de cores nas rochas, estes desmoronamentos só podem ser explicados por terremotos de incríveis intensidades. Como não existem registros de terremotos de tais magnitudes durante a existência desta civilização, e a coloração das partes desmoronadas nos remete a um evento relativamente recente em termos geológicos, podemos especular que tal evento pode haver ocorrido na mesma época em que se elevaram as praias dos Açores. Em Poços de Caldas, Minas Gerais, em um passeio a pé partindo da Pedra Balão até o topo da montanha, se pode visitar uma rocha conhecida como Dedão, esta rocha se encontra deslocada da sua base da qual um dia no passado fez parte. Também na parte inferior desta pedra, se pode observar a diferença de coloração entre a parte que sempre esteve exposta, negra, e a parte que foi exposta após o último grande terremoto, esbranquiçada. São muitas as evidencias de que a terra sofreu importantes mudanças geológicas durante o processo que a introduziu na ultima era glacial cerca de vinte mil anos atrás.
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O movimento de afastamento entre as placas é conhecido, são movimentos mais ou menos contínuos ao largo do tempo, mas não são os únicos responsáveis pela atual conformação geológica do nosso planeta. A cada período de tempo, o planeta se lança em uma fase de hibernação, caracterizada por grandes períodos de tempo em que os continentes ficam debaixo de um grosso manto de neve e muito baixos índices de vida superior. O processo que introduziu o planeta em cada uma destas fases, é o outro fator que forma a geografia do nosso planeta como a conhecemos, podendo ser responsável por importante parcela dos movimentos entre as placas, o crescimento das cadeias de montanhas alem do desaparecimento de significativas áreas de terras habitáveis.
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COMO ACONTECE
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Antes de nada, basta ser coerente com o fato de que uma glaciação se caracteriza pelo acumulo de quantidades espetaculares de neve nos continentes e que isso só é possível com a evaporação de quantidades proporcionais de água, simultaneamente com muito baixas temperaturas na atmosfera, como já disse antes. E observar que os oceanos são na verdade, como grandes panelas cheias de água, postas sobre o grande fogão das cordilheiras vulcânicas. Só falta acender o fogo para iniciar o processo. Se aceita que na Inglaterra, por exemplo, é provável que se chegue a acumular mais de setenta metros de neve. Existem testemunhas de que houve glaciares ou geleiras inclusive nos trópicos; erosões características deste tipo de ocorrência podem ser visitadas no Parque Nacional da Chapada Diamantina, na Amazônia, e em diversos outros pontos do planeta com clima tropical. Estas geleiras se formaram durante a última glaciação como está comprovado e podem haver ocorrido em todas as últimas glaciações na Terra. A única explicação possível não é nada auspiciosa em termos de um futuro para a humanidade; é verdadeiramente uma lástima que saibamos tão pouco a respeito do fundo dos oceanos.
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Um evento inicial movimenta uma das grandes placas e comprime o magma, provocando a erupção simultânea de todos os vulcões. Em uma reação em cadeia, este movimento inicial se propaga pelas placas vizinhas, acendendo o fogo debaixo de todas as grandes panelas. A temperatura da água aumenta e não apenas aumenta a evaporação como também acelera o desgelo do que resta das reservas. Somente então o nível dos mares poderá chegar aos seis ou sete metros sobre o nível normal. Com toda certeza, não é necessário que se concluam tais níveis máximos, para que ocorra a eclosão. Sabemos que a água do mar chegou a estes níveis na última glaciação, mas o processo pode começar com qualquer nível acrescentado. Claro que estamos falando de um quadro terrível para a humanidade com terremotos de incríveis intensidades, tsunamis varrendo todos os oceanos e tudo isso junto com nuvens tóxicas de material vulcânico abrasivo e tempestades virulentas de furacões com grandes quantidades de água.
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Ninguém necessita formação acadêmica, para saber que para que chova ou para que neve são necessárias nuvens carregadas de água, e que para que hajam nuvens carregadas de água, é preciso evaporação. Claro que para cobrir todo o planeta com setenta metros de neve ou mais, que é o que caracteriza uma era glacial, é necessária muita evaporação e ao mesmo tempo baixas temperaturas na atmosfera, para que as precipitações sejam em forma de neve. A desestabilização geológica é a única explicação para esta situação aparentemente paradoxal. Com o aquecimento das águas e a sua evaporação maciça, a atmosfera se enche de nuvens impedindo a entrada do sol o que faz descender a temperatura transformando as chuvas em nevascas, enquanto nos mares a temperatura da água segue subindo. Seria totalmente impossível a evaporação se os mares estivessem também congelados, por estar o céu encoberto pela poeira do impacto de um meteorito, pelas cinzas dos vulcões ou o suposto resfriamento da Terra pelo seu afastamento do Sol, como se explica atualmente. A Teoria da Desestabilização Geológica não apenas demonstra como ocorre todo o processo, mas também a forma como se deflagra e todos os fatores envolvidos.
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OS FATORES DETONANTES
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Existem pelo menos duas formas principias de iniciar uma glaciação, ou seja, de acender o fogão vulcânico. De fato, os meteoritos podem fazer com que todo o processo se inicie, mas não se pode explicar como poderiam ser isoladamente, os formadores de uma delas. O meteorito de Xicxulub na província de Yucatan no México está relacionado com a extinção dos dinossauros e com a glaciação que ocorreu a partir de então; de fato, se não fosse o impacto, nossos antepassados poderiam ter tido outro fim ou quem sabe, poderíamos todos ter uma forte cauda, língua bífida e espinhos dorsais. Mas mesmo neste episódio, foram as consequências do impacto e não o impacto em si mesmo, os responsáveis pela extinção dos dinossauros e a introdução do planeta em uma nova era glacial como a que se seguiu então.
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Tudo o que ocorreu a partir deste evento, não tem nenhuma relação com a nuvem de pó que se desprendeu pelo impacto; esta estaria totalmente depositada no solo e nos mares muito antes de justificar uma glaciação. Entretanto, está totalmente relacionado com todos os acontecimentos que se seguiram, a partir da onda de impacto que criou: Ao sul, a Placa Norte Americana – e não todo o planeta como se costuma pensar – absorve sozinha todo o impacto do meteorito. Devemos considerar que era ainda um mundo com muito mais atividade sísmica e vulcânica, ou seja, um mundo muito mais frágil. O impacto deve ter alterado a posição da placa tanto vertical como horizontalmente, ao mesmo tempo comprimindo o magma e rompendo as débeis estruturas consolidadas entre as placas. O impacto do meteorito causou a erupção maciça de todos os vulcões da época de forma explosiva, o que causou a extinção dos dinossauros e introduziu o planeta em uma era glacial. Neste caso, o impacto foi o fator detonante, mas como já disse antes, os meteoritos não são imprescindíveis para começar uma era glacial. É outro, o sistema mais frequente neste planeta para iniciar uma fase de hibernação.
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Uma coincidência entre todas as glaciações é a alta concentração de gases de efeito estufa na ultima fase que as antecede, que podem ter diversas origens. Entre elas se poderia citar inclusive o próprio Ciclo de Milankovitch, não como o planteado por Crowley, mas ao contrario, quando o nosso planeta supostamente passasse por uma órbita mais próxima ao Sol, ou grandes explosões solares, causando alterações no clima da Terra, são muitas as possíveis explicações para esta ocorrência sem que fosse necessária a colaboração do ser humano que não estava presente em todas elas. Na atualidade, entretanto, os responsáveis são principalmente, a maciça utilização energética dos combustíveis fósseis pelo homem, seus hábitos alimentares e crenças religiosas em associação com a sistemática eliminação dos recursos naturais responsáveis pela transformação e reciclagem destes mesmos gases na atmosfera.
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Seria uma coincidência espetacular, uma estupidez para dizer a verdade, imaginar que estas altas concentrações de CO², pudessem acontecer justo antecedendo cada passagem do nosso planeta por uma órbita afastada do Sol e que este conjunto de fatores pudesse então introduzir o planeta em uma era glacial. Estas alterações na composição da atmosfera ocorrem na grande maioria das vezes, por fatores internos a ela e não creio que alguém em seu perfeito juízo se atreva a sustentar que não existe relação desta com as atividades humanas na atual conjuntura. A consequência é como em qualquer estufa, o aumento da temperatura ambiente, e quando a estufa em questão é a própria atmosfera do nosso planeta, não se pode evitar que as reservas de gelo derretam e o nível dos oceanos se eleve. Estes são fatos conhecidos e comprovados que se repetiram em todas as glaciações, e é a elevação do nível dos mares pelo derretimento destas reservas, o principal fator detonante, o grande responsável por quase todas as glaciações que já ocorreram na Terra.
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Para que possamos entender melhor o processo, devemos estudar a titulo de exemplo, a peculiar e especialmente crítica situação que se encontra na geografia do Atlântico Sul. Esta área do planeta está composta por duas grandes placas tectônicas, a Sul Americana e a Africana. Na divisa entre estas duas placas, se encontra no meio do oceano a mais impressionante cadeia de vulcões conhecida como Dorsal Meso Atlântica ou simplesmente Dorsal Atlântica como já comentei anteriormente, é uma divisa divergente o que significa que África e América do Sul estão se distanciando. Ao leste, a Placa Africana não tem opositores, suas vizinhas também se comportam de forma divergente em relação a esta e ademais, a Placa Africana possui uma distribuição razoavelmente equitativa de sua superfície submersa, ou seja, possui mais ou menos a mesma área submersa tanto no leste como no oeste. O mesmo, entretanto, não ocorre com a Placa Sul Americana. (A Placa Africana também praticamente não tem área submersa nos seus limites ao norte o que também é um fator de desequilíbrio, mas o exemplo que vou utilizar com a Placa Sul Americana é suficiente para demonstrar como podem iniciar-se as glaciações).
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Na sua divisa oeste a Placa Sul Americana está apoiada, ou melhor, sobe encima da Placa de Nazca no Oceano Pacífico e sua divisa se encontra justo ao final de suas terras secas, não possui áreas submersas no seu flanco oeste, a placa termina onde terminam os Andes. Esta é uma divisa convergente e o choque entre estas duas placas é responsável pela existência desta cadeia de montanhas. Assim, encontramos uma situação em que, a Placa Sul Americana se encontra apoiada pelo oeste, se poderia dizer que o seu peso está sustentado pela Placa de Nazca, enquanto que pelo lado leste, recebe todo o peso do Atlântico, em uma situação de total desequilíbrio. Obviamente, a elevação do nível dos mares, causa um aumento na mesma proporção, da carga que suporta a linha de divisa entre esta placa e sua vizinha, que neste caso, não tem mais nenhum outro suporte que a tênue consolidação das divisas, constituído de material vulcânico jovem.
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Na Placa Sul Americana, todo o peso extra da água adicionada pelo degelo, se apóia na superfície submersa do leste. Todo o processo só depende para começar, de que a carga extra, ultrapasse o limite de resistência do material de união das duas placas, que por suas características físicas é muito próximo de nada. Uma vez rompida a união, o peso acrescido provoca um deslizamento vertical do lado leste da Placa Sul Americana, separando pelo meio a Dorsal Atlântica de norte a sul, o magma se comprime iniciando a erupção de todos os vulcões. É a única explicação possível para as praias elevadas do arquipélago dos Açores e as mudanças nas quotas de neve no Teide. Como em um jogo de dominó a separação entre as placas se propaga por todo o planeta, em um cenário altamente convulsivo de terremotos de intensidades inimagináveis, as gigantescas placas tectônicas simplesmente se movimentam soltas, chocando-se umas contra as outras.
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Em todo o nordeste do Brasil, na área conhecida por Sertão Nordestino, assim como em várias outras áreas com pouco desnível no litoral brasileiro, se podem encontrar, quilômetros terra adentro conchas e outros restos de animais marinhos. Atribui-se este fato a que supostamente estas áreas haveriam sido fundo marinho que um dia se elevaram acima do nível do mar, mas creio que podem ser mais bem explicadas como testemunhas de grandes tsunamis que varreram este litoral no passado, à inclinação da placa e à elevação do nível do mar. A formação geológica destas terras não tem nenhuma relação com as características do leito marinho. Justamente agora, nesta época em que estamos vivendo todas as condições já estão formadas para que tudo volte a acontecer. O aumento do nível dos mares provoca a desestabilização do delicado equilíbrio entre as placas, como no exemplo que acabo de descrever, é o que eu chamo de desestabilização geológica. Placas como a Australiana, que possuem certa proporção na distribuição de suas áreas submersas podem não estar envolvidas na deflagração do processo, mas sem dúvida, vão colaborar enormemente na pressurização e expulsão do magma.
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Não existe nenhuma evidencia que possa embasar o pensamento de que o processo de introdução em uma era glacial possa ser um processo lento e progressivo. Ao contrário, todas as evidências apontam a um momento crítico quando se deflagra. Para todos os efeitos, as consequências para a civilização são as mesmas com o impacto de um grande meteorito ou com a simples elevação do nível dos mares como está ocorrendo agora. Para que tenhamos as quantidades de neve que caracterizam uma era glacial, necessitamos a evaporação de imensas quantidades de água. Não é um processo em que os invernos vão se tornando mais e mais rigorosos. Não existe uma única explicação razoável de como poderia ser se esta fosse a realidade. Todas as evidências apontam a uma massiva erupção dos vulcões do planeta, com acentuados movimentos entre as placas, num processo de deflagração muito rápido e destrutivo. Não vejo como a erupção de todos os vulcões da Terra possa ser um processo moderado e com boas possibilidades de sobrevivência. Ocorre que todos os vulcões não vão entrar em erupção simultaneamente sem um motivo, por um simples capricho da natureza ou pela vingança de algum deus colérico. Você pode chamar o processo de Juízo Final, Armageddon, Apocalipse, chame-o como quiser, mas para que ocorra, é necessária a compressão do magma por debaixo das placas, somente então começará a erupção em escala global e isso é causado pela elevação do nível dos oceanos.
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MAIS PROTAGONISTAS
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Outro engano crasso aceito pela ciência da geologia atualmente é a explicação para a formação dos guyotes, sendo que estes podem ter um papel importantíssimo na deflagração de uma era glacial. Os guyotes são peculiares formações vulcânicas submersas, são edifícios vulcânicos similares em tudo aos demais vulcões submersos, mas com um singular detalhe, sua parte superior desapareceu. Os guyotes são por tanto, vulcões que já não tem os seus picos, foram transformados em curiosos altiplanos em relação ao fundo do mar. Com paredes extremamente íngremes, seu topo é plano, caprichosamente cortados nas mais diferentes profundidades.
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Criativa e inocente é a explicação aceita para a sua existência: Diz-se que são antigas ilhas desgastadas pela erosão marinha e que depois de erodidas, afundaram no leito marinho. Também se diz que podem haver sido erodidas nas mais diversas profundidades, quando os oceanos estavam mais baixos. Por favor, isso me faz lembrar as historietas da cegonha para explicar o nascimento dos bebes a crianças pequenas. Que criatividade! Sabemos que isso não ocorreu nunca. Porque o oceano haveria de erodir algumas ilhas e outras não? Diz-se que eram vulcões feitos de um material extremamente macio. Se assim fosse, os materiais destes vulcões teriam então se solidificado depois de submergir, pois que se saiba, os guyotes tem atualmente a mesma consistência de qualquer outro edifício vulcânico submerso. Um movimento tectônico pode fazer desmoronar parte de um vulcão, até poderia tragar todo um edifício vulcânico, mas acreditar que somente aqueles vulcões que foram previamente desgastados pudessem afundar homogeneamente, conservando perfeitamente niveladas as suas superfícies e principalmente, conservando intactas as paredes de dezenas de guyotes, é no mínimo muito pouca vontade de encarar a realidade, uma fantasia. Seria isso um capricho da natureza ou será que a natureza uniformitarista da mente do homem não quer ver as evidencias que demonstram os riscos inerentes à própria vida?
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A idade geológica do leito dos oceanos é extremamente diferente da idade dos continentes, está em constante formação, juntamente com todos os seus edifícios vulcânicos é um evento muito mais recente em termos geológicos que os continentes. Desde o aparecimento das ilhas vulcânicas mais antigas do nosso planeta, não houve tempo hábil para tão estapafúrdia ocorrência, não haveria tempo geológico suficiente para que fossem erodidas estas ilhas e muito menos para que fossem caprichosamente tragadas pelo solo no fundo do mar, parando ainda mais inexplicavelmente, solidamente ancoradas, como deveriam haver estado sempre, nas mais diferentes profundidades. Por que as ilhas vulcânicas que conhecemos hoje têm um comportamento geológico completamente diferente de tais ex-ilhas? Todas as ilhas vulcânicas que conhecemos hoje seguem crescendo devido a sua atividade vulcânica, e simultaneamente sofrem um processo normal de erosão como qualquer litoral. Não se conhece em toda a Terra uma só ilha vulcânica de material mole que se encontre em fase final de transformação em um guyot, que dela se possa dizer “dentro de um milhão de anos esta ilha será um guyot”, não existe nenhuma ilha erodida perto da superfície que esteja começando a afundar no leito do oceano. Tudo isso é simplesmente muita bobagem.
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Os guyotes são na verdade, nada mais nada menos que edifícios vulcânicos que explodiram. Um terremoto mais forte ou vários tremores menores provocam fissuras nas paredes de vulcões submersos que tem caldeiras, a água penetra pelas fissuras e em contato com o calor do magma forma vapor, que aumenta a pressão até o limite crítico quando explode exatamente como ocorreu no catastrófico episódio do Krakatoa. Ou ainda, a compressão do magma pelo evento que deflagra a desestabilização geológica, também pode fazer com que explodam. Uma única explosão de um vulcão submerso se pode comparar em termos de empuxo sobre a placa em cuja divisa se encontra, com o impacto de um meteorito. Mas nem sempre se pode falar da explosão de um vulcão isoladamente. Para que tenham câmara ou caldeira, o magma deve conter certos componentes que liberam gases, assim, vulcões vizinhos que tem a mesma composição de magma e, portanto caldeiras, podem explodir simultaneamente ou em sequência. Por isso é comum a existência de campos de guyotes, ou seja, vários guyotes em uma mesma área.
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Não me surpreenderia que a ciência não conhecesse todos os guyotes da Terra. Mas seguramente se os conhece, não sabe a idade de cada um deles. Ainda que não se conheça nenhuma evidencia que o apóie, por hipótese, seria possível dizer-se que os guyotes tenham se formado em determinado período da vida do nosso planeta e que, portanto, já não ocorreriam tais explosões. Tenho, entretanto, muita curiosidade para conhecer estes dados, pois com a mesma probabilidade, também é perfeitamente possível que encontremos guyotes de diferentes idades e que estas coincidam com os períodos de formação das diversas glaciações que já houve na Terra. Neste caso, teríamos a prova de que são, junto com a elevação do nível dos mares, os responsáveis pela desestabilização geológica nos processos de deflagração das eras glaciais. As explosões detonam o processo como poderia fazer o impacto de um meteorito, mas é o nível alto dos mares que provoca todo o processo. . Primeiro aumentando a atividade sísmica e comprimindo o magma, o que provocaria a explosão dos vulcões, depois proporcionando a pressão necessária para expulsar o magma durante o tempo que faça falta para a formação da grossa capa de neve.
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Quanto tempo necessitaria permanecer em erupção um vulcão para aumentar a área de uma ilha de 300 Km² para 690 Km²? Não se esqueça que a ilha em questão é um edifício vulcânico que emerge de três mil e quinhentos metros de profundidade e que a sua base, assim como suas encostas, tiveram que crescer proporcionalmente. Trata-se de um volume colossal de material vulcânico. Até mesmo as diferentes camadas de corais, camadas de corais vivos sobre outras de corais mortos, que se formaram nos topos de alguns guyotes situados em águas tropicais, e que levaram os estudiosos á absurda e equivocada conclusão de que estes teriam afundado no leito marinho, são na verdade, assim como a mudança da altitude da quota de neve perpétua do Teide e as praias elevadas dos Açores, uma prova mais de que as placas mudaram de posição. Estas sim afundaram e se elevaram uma e outra vez, e com elas, todos os seus edifícios vulcânicos..
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AS FASES
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A época que estamos vivendo poderia chamar-se precursora de uma glaciação e é a ultima fase que interessa à civilização. Caracteriza-se pelo aumento da temperatura global culminando nos últimos anos, com o derretimento das reservas de gelo e a consequente elevação do nível dos oceanos. O mais marcante nesta fase é a ilusão de tempo que se tem. Aparentemente as pessoas não contam com o fator exponencial que existe na relação entre cada grau de temperatura acrescido à atmosfera e a velocidade do derretimento do gelo. Ou ainda, com o fato de que o aumento da atividade vulcânica submarina também acelera o processo aquecendo a água dos oceanos. O fato é que estamos diante da situação de já estarmos vivendo atualmente, tudo aquilo que, no ano passado, se tinha como certo que só deveria acontecer no decorrer de um século. Esta fase do processo termina abrupta e imprevisivelmente, desembocando na fase seguinte, fase esta, que já não nos interessa de modo algum. Estaremos vivos, mas o processo já estará deflagrado e já não haverá retorno.
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A segunda fase começa quando se cruza este ponto sem retorno e ninguém pode dizer quantos centímetros podemos acrescentar ao nível normal dos oceanos sem que se inicie o processo ou que se cruze este ponto. Um aumento x do nível dos oceanos, que pode ser de dois, vinte ou mais centímetros, dá inicio a um aumento das atividades sísmicas e vulcânicas nas divisas das placas. As águas dos oceanos começam a acelerar seu aquecimento em relação à atmosfera, acelerando também o degelo, mas as estruturas que estabilizam as placas umas em relação às demais estão ainda suficientemente estáveis para manter o equilíbrio e a vida sobre as mesmas. Os que sabem, podem rezar para que possamos não estar ainda nesta segunda fase, pois se já estivéssemos, praticamente nada poderia ser feito, tudo dependeria de quanto foi comprometida a estrutura e de quanto calor já houver sido transferido para a água, ou seja, impossível de prever. A segunda fase é a fase da contagem regressiva para a desestabilização geológica, esta sim, bastante hostil à vida.
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A desestabilização geológica pode ter inicio com a explosão de um ou mais vulcões submersos ou simplesmente pelo aumento da pressão da água, como no exemplo que dei com a Placa Sul Americana. As explosões, assim como o impacto de meteoritos, não são essenciais para a deflagração e podem ou não, acontecer durante toda a duração da terceira fase. Em qualquer dos casos, as ondas de choque do primeiro evento se propagam rapidamente pelas divisas de todas as placas rompendo facilmente suas já combalidas estruturas. Terremotos, maremotos e tsunamis são disseminados por todo o planeta; é muito provável que os paises da costa leste da América do sul e central sejam os primeiros a receber o impacto do mais colossal tsunami da história desta civilização, mas a gigantesca onda já não encontrará nenhum edifício humano de pé. Na sequência, nenhum litoral de nenhum continente ficará imune aos muitos tsunamis já que por muito tempo, este será o estado normal dos oceanos. A água se aquece rapidamente concluindo o derretimento do que resta do gelo. A atmosfera se enche com cinzas de vulcão e densas nuvens cobrindo todo o planeta. No inicio haverá apenas tempestades de água, mas logo o frio começa a avançar desde onde era já inverno e em pouco tempo estará nevando copiosamente em todo o planeta. As erupções e as nevascas podem durar tanto tempo quanto a fase final.
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A quarta fase é a glaciação propriamente dita. Quando finalmente tudo se acalma, a geografia do nosso planeta estará diferente. A Terra será uma bola branca no espaço, a neve refletirá a luz do Sol e por dez mil anos, este será um planeta congelado, e desabitado.
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Mesmo não dispondo de todos os números que poderiam comprovar ou rechaçar as teorias que apresento, acredito que as evidencias são terrivelmente eloquentes. Além disso, ninguém poderia dizer com total confiabilidade, qual é a capacidade de resistência do material consolidado entre as placas e quanto peso extra poderiam suportar. Não existem pesquisas, não existem investimentos, os estudos para responder estas questões poderiam levar várias gerações se os governos e cientistas dirigissem a partir de agora sua atenção para o fundo dos oceanos. Assim mesmo, as respostas que surgirão estarão embasadas muito mais em especulações que em fatos concretos. Não existem números, apenas evidencias, mas em geologia isto não é novidade, quase todas as teorias nesta área são especulações embasadas em evidencias quando não, em suposições, veja o caso dos guyotes. Não sou a prova de erros, mas espero que os técnicos que queiram cooperar discordando, que pelo menos tragam alternativas coerentes. Não pode haver maior inocência e incoerência que, tomando por base a suposição de que nos últimos dez mil anos, desde a idade da pedra até a atual fase desta civilização, o comportamento geológico do planeta esteve relativamente estável, crer que os últimos seiscentos milhões de anos de vida do planeta também foram sempre assim. Não é admissível crer que nunca houve eventos geológicos maiores capazes de aniquilar a vida no planeta e que, portanto estamos livres desta possibilidade.
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As cadeias vulcânicas submersas não são enfeites, com certeza tem algum papel na história do nosso planeta. As evidencias de um período altamente convulsivo, deixadas pela deflagração da ultima glaciação estão aí para quem quiser comprovar. O fato das placas divergentes se afastarem umas das outras em períodos de normalidade, mesmo com os níveis normais dos oceanos, é demonstração inequívoca de que a união entre elas é extremamente frágil e inconstante. Se não é assim como explico, qual é então a relação entre a elevação do nível dos mares, que antecede a cada glaciação com estas? Por que as glaciações estão relacionadas com a extinção de numerosas espécies ao largo da história do planeta? Se não é assim, como então se formam as glaciações? Até que alguém apresente alguma explicação convincente, por falta de alternativas, a Teoria da Desestabilização Geológica, tem totais possibilidades de ser verdadeira.
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Lobsang Trakpa

2 comentários:

Zuconelli disse...

porra naum tem uma foto

eTourinho disse...

Esquentando 1:
Tendo como premissa os três estados físicos da água em nosso planeta, proponho que nos deitemos sobre o paradeiro das águas resultante do derretimento da nossa reserva de gelo. Não é difícil imaginar que, se não se encontram nos oceanos, certamente foram evaporadas, ou seja, transformaram-se em nuvens. Isto, se pudéssemos mensurar, justificaria o crescimento significativo das fortes tempestades e as elevadas precipitações de chuvas por metro quadrado que tem ocorrido em diversos pontos do planeta.

Esquentando 2:
Considerando que o planeta não é e nunca será estável enquanto vivo, deveríamos pensá-lo como um sistema composto por uma caldeira no seu centro e uma crosta resfriada na sua periferia que travam uma batalha diária pela existência. E que desta famigerada guerra a crosta capitaneada pelo frio interplanetário sairá vitoriosa num futuro incerto que imaginamos distante, ou seja, quando o núcleo do planeta também for resfriado.
Se pensarmos desta forma poderíamos passar a nos preocuparmos com a espessura da nossa crosta terrestre que certamente se reduz quando a temperatura do ambiente externo à crosta se eleva e aumenta quando esta se diminui. Assim, poderíamos até mesmo considerar a possibilidade de detectar quanto de crosta terrestre ganhamos na última era glacial e talvez deduzirmos qual a pressão que as atuais placas tectônicas ainda suportarão de peso para deflagra a desestabilização geológica como muito bem propõe Lobsang Trakpa.

Por fim, parabenizo o Sr. Lobsang Trakpa pelas pertinente considerações e pela coragem no enfrentamento da "boa ciência"! Ademias, agradeço pela excelente contribuição à humanidade.